Para um ciclo que se encerra, outro começa! É a partir desta base de pensamento lógico que a nova Associação de Estudantes da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) que, anteontem (15 de março) tomou posse, quer trabalhar, sob o prisma da mudança em várias áreas de interesse educacional. Yusra Ribeiro e seus coassociados são, a partir de agora, os rostos que comandam os destinos da associação, investidos numa cerimónia oficial dirigida pela presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP), Luísa Antunes, e que contou com a presença das Coordenadoras do 3.º ciclo e do Ensino Secundário, Cláudia Videira e Ana Besteiro, respetivamente.
Na cerimónia, a presidente da CAP lembrou que os objetivos da Associação de Estudantes devem sempre garantir a representação dos seus colegas em todos os níveis, incentivando-os e/ou inspirando-os a serem melhores alunos e seres humanos. Frisou ainda que, mesmo que o seu manifesto se mostre exequível, é sempre bom trabalhar de forma realista para que não prejudiquem o seu aproveitamento.
Com dezenas de projetos na manga, para este ano letivo de 2022/20223, a nova direção da AE quer implementar Spirit Weeks, um momento de partilha de conhecimentos, divulgação de culturas e expressividade de identidades. Outro objetivo é, na última semana de cada período, atribuir prémios aos melhores alunos do desporto escolar, para incentivar a prática das atividades desportivas extracurriculares.
Têm, igualmente, em mente a realização de feiras das profissões, atividade na qual diversos profissionais de áreas diferentes estarão disponíveis para explicar as características dos seus trabalhos e esclarecer dúvidas dos alunos; de um torneio de futsal e a participação ativa nas feiras de Saúde Escolar.
Para o mandato 2022/2023, os Membros Constituintes da AE são:
Direção
Presidente | Yusra Ribeiro
Vice-presidente | Keyla Baúque
Secretário | William Roberts
Tesoureira | Elisângela Vieira
1.º Vogal | Nicola Hristov
2.º Vogal | Pires Zingombe
3.º Vogal | Zarren Jossubo
Suplentes
Muhammad Sudeis
Atiane Muhate
Conselho Fiscal
Presidente | Chloe Trevisan
Vice-presidente | Adriana Costa
Secretário | Natasha Marques
Mesa da Assembleia-Geral
Presidente | Luana Camará
Vogal | Leuman Mucheleze
Secretário | Marcelo Tavares
Os alunos da turma do 10.º ano do Curso Profissional de Técnico de Turismo, da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), no âmbito dos módulos de Técnicas de Informação e Animação Turística (TIAT), Geografia (Recursos Hídricos), em articulação com os módulos de Operações Técnicas em Empresas Turísticas (OTET), Técnicas de Comunicação em Acolhimento Turístico (TCAT), Área de Integração (AI) e História, visitaram durante a tarde de terça-feira, 14 de março, o antigo Museu das Pescas, atual Museus do Mar, onde tiveram a oportunidade de explorar os diversos espaços e observar situações práticas relacionadas com a cultura e identidade do povo moçambicano.
Aos alunos foi também explicada a mudança do nome do Museu, pois o conceito de mar é mais abrangente, permitindo assim, o “crescimento” do museu noutras vertentes, não só diretamente relacionadas com o que o visitante pode admirar in loco, mas, também ao nível de pesquisa e investigação, permitindo outro tipo de aproveitamento e rentabilização de informação e parcerias.
Os alunos tiveram oportunidade de interagir com o Guia do Museus do Mar, Sr. Almeida, e com um dos elementos do Gabinete de Comunicação do Museu, Dr. Abílio. Foram colocadas algumas questões e houve também disponibilidade para ouvir algumas histórias relacionadas com a temática daquele Museu.
Atendimento e receção, interesse arquitetónico do edifício, observação dos circuitos de visita e dos sistemas de sinalética e informação, bem como, exploração de áreas de acolhimento como centros interpretativos ou zonas de lazer, foram alguns dos temas abordados. Ali, os alunos puderam apreender o património da cultura pesqueira com uma conceção museológica que dá a conhecer os modos de vida das comunidades que recorrem a técnicas piscatórias em interação com o ambiente aquático e o território. Outro dos temas abordados foi o da sustentabilidade. Além dos módulos envolvidos, os alunos irão trabalhar estes conteúdos nos módulos de Inglês e de Francês.
Esta foi mais uma sessão formativa prática que sustenta os conteúdos estudados em contexto de sala de aula, visando estimular e aprofundar conhecimentos inerentes a um futuro técnico ligado ao setor do turismo.
O Xirico desta semana termina com a música do Rapper Azagaia. "Ai de Nós" em homenagem ao ativista e músico que prematuramente nos deixou.

Acompanhados pelos professores Carla Maricato e Paula Pinheiro, os alunos percorreram os vários espaços da casa onde José Craveirinha viveu, sempre com auxílio do anfitrião Zeca Craveirinha. A visita de estudo teve como objetivo o aprofundamento de conhecimento sobre a época em que José Craveirinha viveu, a forma como eram vistos os escritores de intervenção; aspectos históricos, literários; a crítica, a vida social, familiar e o posicionamento político do poeta.
Para consolidar os conhecimentos, foram utilizados desdobráveis para recolher informações relacionadas com o escritor. Estes desdobráveis foram realizados pelos alunos do 12º A3 com a ajuda de Inês George, professora da disciplina de Oficina e Multimédia, e Paula Pinheiro, professora de português, posteriormente oferecidos pela Escola à Fundação, de modo a poderem ser utilizados em visitas de estudo das várias escolas da cidade.
A segunda parte da visita foi o momento em que os alunos tiveram a oportunidade de conversar com Zeca Craveirinha sobre a sua experiência como filho e guardião da história de José Craveirinha relatando o que sabia da vida atribulada do seu pai.
No Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, três mulheres com histórias de vida e percursos diferentes juntaram-se aos alunos do Ensino Secundário da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) para partilharem suas vidas e falarem das existentes (con)tradições na busca pela liberdade e pela igualdade de género. Para além de se celebrar o notável avanço na luta pelos direitos das mulheres, procurou-se igualmente descortinar o sentido de “lugar” da mulher na sociedade e o medo devido às intensas violações físicas, sexuais, morais, emocionais…
Subordinada ao tema “(Con)tradições: Trilhando caminhos rumo à construção sustentável de uma identidade de género”, a sessão iniciou com um enquadramento histórico, seguido de uma declamação de poesia sobre a figura feminina na sociedade e partilha de experiências de duas alunas do movimento estudantil Unidos Pelo Ambiente (UPA), que muito fazem pela consciencialização e valorização do meio ambiente entre a comunidade educativa.
Seguiram-se, então, testemunhos comoventes de quem sente o peso, os traumas e os medos de ser mulher. Eduarda Pereira Cipriano considera-se uma “profissional do desenvolvimento”, tendo em perspetiva o seu percurso de mais de 40 anos de trabalho e, embora com uma visão holística sobre o problema, para ela não existem direitos da mulher: “Existem direitos humanos!”.
Membro de várias organizações, dentre elas a FDC, onde foi diretora de programas durante cerca de 10 anos, o ROSC (Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança), a Associação NGUNI, Global Leaders for ECD, entre outras, Eduarda acredita que os direitos devem ser pela Humanidade. Os direitos são os primeiros presentes de vida que recebemos, por isso, é preciso lutar para que ninguém no-los tire. E, num mundo de egoísmo, de exploradores, o cidadão ativo é o único que pode fazer com que as organizações internacionais e os governos cumpram as suas obrigações e promessas”.
Este dinamismo, segundo disse, deve ser exercido dentro das normas e dos interesses sociais. Ou seja, a consciencialização para uma sociedade mais justa, mais íntegra e mais tolerante é dever de todos. E argumenta: “A sociedade desempenha um papel importante na mudança comportamental e na edificação de pessoas que respeitam o outro, homem e mulher. É na sociedade que começa a discriminação, quando os pais definem trabalhos de meninas e de meninos. É em casa onde se ensina que uma mulher é menos importante que um homem. Por isso, as leis tornam-se determinantes quando a sociedade não é ativa e não sabe o que quer”.
Na lógica das tradições, vistas como amuletos para subalternar a figura da mulher, a ativista reiterou que o lobolo – casamento tradicional, muitas vezes visto como sinónimo de troca, ou seja, de compra de uma mulher por parte da família do homem – não pode servir de base para a exploração desta. “A mulher não é um objeto. O lobolo é uma tradição que visa unir as duas famílias”, disse Eduarda para quem “É preciso estudarmos bem fundo algumas normas, sob pena de sermos explorados por falta de conhecimento”.Berta de Nazareth é outro rosto, outra alma que esconde dor, lágrimas e medos pelo simples facto de ser mulher. É ativista social, formada em sociologia pela Universidade Pedagógica, consultora de género e coordenadora geral do programa de Género na Associação Sociocultural Horizonte Azul, desde 2016, desenvolvendo ações de facilitação e interação com grupos de raparigas e rapazes.
A sua história começa aos 9 anos de idade quando perdeu a sua mãe, vítima de feminicídio, um tipo de crime de ódio baseado no género. A partir daí, iniciou a luta pelos direitos das mulheres, pois não queria que estes casos voltassem a acontecer e nem que ela fosse a próxima vítima, tal como “Acontece atualmente neste país. Há uma onda de desaparecimentos de mulheres – adolescentes e jovens – que terminam em notícias tristes: violadas sexualmente e mortas. Isto assusta-nos. Parece até que a noite não nos pertence. Mas é verdade, a noite foi feita para mulheres”, disse intrigando os alunos com a partilha de opiniões.
No estudo divulgado no início deste março, o Observatório das Mulheres de Moçambique afirmou que já registou mais de 41 casos de feminicídio em 2023, números que espelham, na sua maioria, casos de violação sexual por parte de familiares, amigos e vizinhos. Por isso, para Berta, urge a necessidade de construção e consolidação da ideia de que a “Mulher controla o seu corpo, a sua roupa e seus desejos, pois, sempre que uma mulher é violada, perguntam sempre sobre o que estava a fazer na rua sozinha, o que tinha vestido. Essa ideia tira-nos do lugar de vítimas, como se uma parte do mundo, das roupas, das liberdades não nos pertencesse”.
Todas numa perspetiva de revolução, de aceitação e integração social sem condicionamentos, as três ativistas encontram, cada uma no seu ramo, um estilo e uma forma de influenciar a sociedade.É igualmente o caso de Carmen Miral. Diz-se empreendedora, mas o seu trabalho passa pela consciencialização sobre o poder da “naturalidade” do ser africano, através do cabelo. É fundadora de um salão cabeleireiro à base de produtos naturais e locais, Black Khakhela Spot, e uma linha de cosméticos naturais, Black Khakhela Products, que são uma forma de expressar a mesma visão do empoderamento, valorização e educação sobre o cabelo natural.
Durante a conversa, confessou que tudo o que ela faz tem um impulso e iniciativa para melhorar a sua comunidade onde o público-alvo são crianças e jovens com necessidade de aprender mais sobre a valorização cultural e do cabelo e pele natural.
Tratou-se de uma sessão rica, de uma celebração intensa, plena de significados e mensagens fortes em torno da, cada vez mais, urgente afirmação da Mulher no âmbito da igualdade de género.
A EPM-CELP apurou os vencedores da fase escolar da 16.ª edição do Concurso Nacional de Leitura, cujas provas decorreram, entre os dias 21 e 24 de fevereiro, na Biblioteca Escolar José Craveirinha. Daniela Silva e Luana Abasse (1.º ciclo), Bilal Puíta e Kiane Jaintilal (2.º ciclo), Gabriella Correia e Rita Morais (3.º ciclo), e Ana Reis e Rodrigo Garrido, do Ensino Secundário são os apurados que se destacaram dentre 123 concorrentes, dos quais trinta e cinco do 1.º Ciclo, trinta e dois do 2.º, dezanove do 3.º e trinta e sete do Ensino Secundário.
Para além de realizarem um vídeo, os alunos apurados participarão na prova escrita online de pré-seleção que se realizará na Biblioteca Escolar José Craveirinha, no dia 15 de maio.
A Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), através das Mãos na Ciência-Clube de Ciência Vivia na Escola (CCVnE), em parceria com a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, sigla em inglês) e a Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), coorganizou, no dia 2 de março em curso, a 1.ª edição da MasterClass sobre física de partículas. A sessão, que teve lugar na mais antiga universidade do país, teve como objetivo principal levar alunos do secundário à universidade para terem contacto com o CERN, a física de partículas, e o ambiente universitário que os espera no futuro.
A avaliar o impacto, a organização traz um balanço positivo dado o interesse e o empenho dos alunos participantes. Os alunos do 12.º ano de Física, Bruno Stank, Tiago Guerra e Tiane Couto, puderam, assim, ver o seu currículo enriquecido, uma vez que, através de videoconferências e do contacto com investigadores do CERN, tiveram a oportunidade de analisar dados reais obtidos a partir da Experiência Atlas partilhada com os seguintes institutos: Panjin (Índia), Colmar (França), Rabat (Marrocos) e Nápoles (Itália).
Para além do conhecimento sobre física de partículas e o trabalho realizado no CERN, a atividade mostrou ainda a importância da colaboração internacional que se realiza em Ciência. Atualmente, a Ciência procura equipas multidisciplinares mais do que líderes. A nossa escola pretende, desta forma, preparar os seus alunos para o futuro.
A Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) e a Associação Indiana em Moçambique (IAM, sigla em inglês), parceiras no desenvolvimento da prática do badminton, organizaram um convívio competitivo da modalidade, nos dias 4 e 5 de março de 2023.
Numa iniciativa muito concorrida, quer pelos jogadores, quer pela assistência, disputaram-se inúmeros jogos de singulares e pares. Foi uma iniciativa muito proveitosa para testar as capacidades dos nossos alunos e para a promoção de uma salutar convivência desportiva. Particularmente significativo foi a adequação dos níveis de prática e de habilidade, independentemente da idade, às caraterísticas dos jogadores, reforçando a motivação e o prazer de jogar.
No fim de cada jornada, houve jogos de pares, cada um integrando os jogadores de cada uma das instituições, um momento coletivo de retorno à calma e de alongamentos, assim como uma sessão fotográfica com o universo de jogadores, árbitros e treinadores. Saíram reforçados os laços de amizade e o gosto pela modalidade.
Luís Baptista, professor responsável da equipa de badminton da EPM-CELP, fez um balanço muito positivo deste primeiro evento. O próximo será nos dias 18 e 19 de março.
Vencer no Voleibol!
A equipa de voleibol sub18 masculina, orientada pelo professor Antero Ribeiro, jogou com a equipa homóloga do Clube Aliança de Maputo, associação do desporto federado. Os rapazes da EPM-CELP demonstraram grande evolução no seu desempenho e levaram de vencida, o adversário em três sets sem resposta.
Os parciais foram: 25-20; 25-17 e 25-12.
Um agradecimento especial aos alunos Joana Silva e Tomás Garrido que asseguraram o trabalho de mesa. A arbitragem ficou a cargo do professor Henrique Jónatas.
ESTÁ ABERTA A VOTAÇÃO PARA A ELEIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES 2023: A votação decorre entre as 9h e as 16h. Só poderão votar alunos com o email institucional da EPM-CELP ativo. |