Desde a histórica Conferência de Berlim, fruto provável das exigências interesseiras e hipócritas das grandes potências, o continente negro foi incessantemente esquadrinhado, medido, pesado, divido e traçado, com lápis cor-de-rosa, azul e cinza, em cartas francesas, alemãs, inglesas, portuguesas, belgas e italianas, apenas para as metrópoles se apossarem das maiores fatias de recursos possíveis. Exceções a essa divisão, apenas três: a Libéria, comprada pelos escravos libertos, a Etiópia, orgulhosamente independente até à ocupação italiana de 1936, e a União da África do Sul. Não totalmente contemporâneas, estes três estados/nações/colónias seguiram os percursos mais divergentes, contraditórios e improváveis que a história poderia imaginar. Contudo, extensão e foco oblige, tratarei apenas do caso sul-africano.
Sabes que estás a ficar "grande" quando é Páscoa e, depois de orares, não recebes sequer um ovo da Kinder! Mas sabes também que estás a ficar "grande" quando, depois do almoço, escondes chocolates no quintal para os teus irmãos apanharem.
Raia alto o sol de Março
Baixo rasa a toutinegra
Pairam ambos e, voando
No céu riscam a incerteza
Baixo rasa a toutinegra
Pairam ambos e, voando
No céu riscam a incerteza
O livro de Mia Couto "A Confissão da Leoa" apresenta, sem dúvida, as mulheres da aldeia onde decorre a história como tema principal, embora isto só se torne claro através de uma análise subjetiva à obra.
Conheço uns pobres amigos
Que muito decerto pecados têm
Figos, vinhos e trigos roubados
Tudo lhes dizem negado também
Que muito decerto pecados têm
Figos, vinhos e trigos roubados
Tudo lhes dizem negado também
Desde a escabrosamente vertiginosa subida dos preços dos combustíveis fósseis, particularmente do essencial ouro negro, o planeta teve de se readaptar ao novo balanço de poder, vergar-se contravontade perante o poderio das Arábias, Venezuelas e Rússias que se entregavam, perigosamente, a um total descontrolado-controlo das movimentações políticas, económicas e militares, opondo-se, dogmaticamente, à NATO, às Nações Unidas e às demais tentativas externas de estabilização da realidade mundial, crescentemente caótica, qual bomba relógio carregada de ódios, inimizades e rancores fraternos.
Eu vi os dois, o rapaz e a rapariga, no parque, a olhar para o pôr-do-sol. Aquele seria um dos seus últimos momentos juntos. Ambos com 25 anos, ela tinha arranjado emprego como locutora de rádio na BBC Radio 1, em Londres. Sabendo que esta era uma das melhores rádios no mundo, aceitara a proposta que lhe fizeram. Ele, sendo já diretor de uma empresa bem sucedida na área da logística, tinha de ficar nos Estados Unidos.
Varsóvia, agosto de 1944. Sabendo certa a debandada alemã, face ao imparável avanço soviético, os polacos revoltam-se contra a ocupação nazi, procurando libertar a sua capital e não caírem diretamente no tirânico jugo estalinista. Aproveitam, também, a aproximação das tropas soviéticas, que sabem a menos de 100 quilómetros, esperando o seu apoio no cerco que sucederia ao levante. Subsistem por três meses, até outubro desse ano, antes de se renderem, extenuados, ao exército alemão. Enquanto isso, desde fins de agosto, o exército vermelho instalou-se na margem oposta do Vístula, não mexendo uma palha para auxiliar os revoltosos, impedido pelas ordens diretas do todo-poderoso Estaline, que desejava ver toda a elite pró-ocidental e democrata polaca exterminada, exilada e perseguida pela Gestapo, antes de instalar o seu cinzento e atemorizante império sobre os últimos hussardos alados.
Subscrever sinal RSS
